18.11.08

Virginia Woolf - Waves


Minha tentativa de tradução, com o perdão de uma coisa ou outra perdida pela falta de palavras similares ou pela minha ignorância com o inglês, espero que a idéia prima do texto de Virginia não se esconda na tradução, todo caso, deixo o link do original :

Ondas


O sol ainda não tinha subido. O mar fez - se indistinguível do céu, com exceção de que o mar estava um pouco amassado, como se fosse um tecído enrrugado em si. Gradualmente, como o céu esbranquissando, estabelecerndo uma linha escura no horizonte, dividindo o mar do céu cinzento, o tecído ficou preso sob pancadas grossas, o mar em movimento, uma pancada após outra, sob a superfície, seguindo-se mutuamente, prosseguindo - se mutuamente, perpetuamente...

Céu e mar aproximando - se do litoral, cada barra rosa, violentando a si mesmo, e quebrando e varrendo um fino véu de água em toda a areia branca. A onda mansa, e, em seguida, chamou mais uma vez, suspirando como uma pessoa que dorme, cujo o sopro vem e vai inconscientemente. Gradualmente, a barra escura no horizonte, como se tornou evidente o sedimento, como em garrafas de vinho com o vidro escurecido em verde. Atrás dela, também, como se o céu feito límpido e o sedimento branco havia se perdido, ou como se o braço de uma mulher escrevesse sob o horizonte, trazendo luz, levantado uma lâmpada plana e barras de cor branca, verde e amarela, espalhadas pelo céu como as lâminas de um ventilador. Então ela levantou a sua lâmpada mais alto e o ar parecia tornar-se fibroso, lacrimejante e distante da superfície verde, piscando em vermelho vivo, como as fibras em amarelo esfumacento, fogo que ruge de uma fogueira. Gradualmente, as fibras da fogueira queimam e formam uma névoa seca, uma incandescência que levantou o peso do céu cinzento por cima dela, e ela virou um milhão de átomos leves em azul. A superfície do mar lentamente se tornou transparente e formou ondas onduladas e espumantes, até o horizonte das listras escuras, e quase além. Lentamente, o braço que acendeu a lâmpada se levantou mais alto, se pos maior, então a chama tornou visível de forma ampla, um arco de fogo queimando sobre o aro do horizonte, e tudo que ronda o mar alardeou - se em ouro.

A luz assolou sobre as árvores do jardim, sobre uma folha transparente e depois outra. Um pássaro gorjeou alto; houve uma pausa; um outro gorjeou uma outra vez, mais baixo. O sol vívido nas paredes da casa, e descansaram como a ponta de um ventilador após um branco ôpaco, cego, e pintou de azul com um dos dedos a sombra das folhas pela janela do quarto. O ôpaco, o cego, ligeiramente agitado, mas foi tudo tão intimista, tão obscuro e imaterial. Os pássaros cantavam em branco sua melodia do lado de fora.

3 comentários:

Daisy Serena disse...

Como você consegue manter a virginia e colocar sua essência no meio?
Não entendo, e depois me disse que não conseguia aprender truques de magica.
Ahh meu bem, você é magico sim, daqueles que nunca se descobre o truque.


Me apaixono mais, e mais.

Beijos

Jana Lauxen disse...

Tradução tua?
Pow, gostei mesmo.
Acho que você pegou o espírito da coisa.

Abração
:)

SD disse...

Acabei de terminar de ler As Ondas, e vim procurar blogs que falassem a respeito e achei o seu!

Sua tradução está melhor que a da Lya Luft, que eu li!!

Vou te acompanhar, visite meu blog tbm!

Sil