Ditos meus sobre os versos franceses ...
A lua branca
afaga o rosto das cousas.
acende tudo ao qual é,
e dentre o entrelassado das flores
me afaga uma voz que
a meus ouvidos não demora
Oh, minha senhora!
No espelho verde do rio,
se desenha em círculos trêmulos,
o traço noturno das flores brancas,
cáliçes curvos e servos
que ao vento reverenciam.
O nós que entre tu e eu caminham...
Como é precisa
a imperfeita luz da lua
nua e trepidante
que num instante faz do tudo, tanto
e do tanto, instante.
Do etério, o minuto mais importante.
____________________________________
Ó estações, Ó castelos!
Ó armadura de ossos e peito nu!
Que alma é livre de máculas?
E li na folha rasgada
Que o amor na paz nunca faz morada.
Armadura de ossos e peito nu,
Que me cobra teu nome
Quando ouço o pássaro azul.
Ah! razão morta e bruta!
Num gole de vida, n'outro de Cicuta.
Tomou - me o tempo de hora em hora,
Este alento que tarta, tarta e demora.
Ó armadura de ossos e peito nu!
Quando tu partires de mim,
Nada restará enfim.
Ó armadura de ossos e peito nu!
2 comentários:
És poeta formado!
Bravo!
Abraços.
Nem sempre é preciso palavras, meu silêncio, meu olhar, meu sorrisinho de fechar os olhos.. ja deixam explicito o quanto te admiro, meu bem!
:*
Postar um comentário