17.11.08

Um láspo etério

Um lápso etério. um lápso fulminante e etério da casualidade das cousas, as esferas cintilantes da perfeição do simplório e mágico simplório de estar com o que traz bem estar. um sorríso - dois quartetos de perfeição, poesia e meia de roubar do sol a claridade necessária de merecer o dom de senhor do dia. essas coisas de nuvéns brancas e céu meticulosamente azul, como um jarro de flores brancas debruçado no vão azul de uma realidade dormida, realidade sonhada com as tintas mais perfeitas que se pode sujar as retinas. " Uns tomam éter, outros cocaína. Eu tomo alegria! Eis aí por que vim assistir a este baile de terça-feira gorda." Um homem que se vê menino n'uma poça arredondada d'água e que sente na palma morna da mão de uma moça, a paz obtusa que faz do seu sorríso pedaços quebradiços sobre a rua, o chão de pixe repleto de pedaços de sorrísos de canto de boca, vindos de um corpo onde a façe se perde num encanto de sorríso de menina, sorríso de fechar os doces olhos de menina."Uns tomam éter, outros cocaína.
Eu já tomei tristeza, hoje tomo alegria. Tenho todos os motivos menos um de ser triste..." . Por vezes a vida te rouba da monocromática realidade, com apenas um sorríso, com apenas um lápso etério de tempo cravado no rosto e no sorríso desmedido de uma menina.


Ben kweller - Thirteen

Um comentário:

Anônimo disse...

Este sorriso foi tua paz quem desenhou.
As cores são imitações baratas, tentam refletir o perfeito dos teus olhos.
Este coração, que agora não sabe se para de uma vez ou se explode em palpitações, este que foi [re]feito em um domingo e um final de semana, se derrete todo, se desmancha...

Não me arrependo do que disse ontem, nem um pouco.