12.11.08

Ode sob "Navegar é preciso" de Pessoa

Navegadores póstumos teriam uma frase de inglória:

"Viver é preciso; Navegar não é preciso"

E quero para mim o espírito de todas as frases, transformadas a forma para casar - me comigo mesmo e como sou: Aceitar - me.

Viver é extremamente necessário; o que é desnecessário é o apego ao póstumo, ao devaneio feito em gerúndio, ao infinito porvir.

Conto em gozar minha vida, não em pensar gozá - la.
Nem torná - la grande penso, mas sim em apenas torná - la a qual é.
e para isso indiscutivelmente ser a lenha de mim e o fogo fírvulo de ser o que sou, irremediavelmente o que sou.

Torná - la toda minha sem gotas de egoismo, ainda que para isso tenha de a perder como minha, vida e humanindade de mim.
Cada vez mais penso em pensar menos.

"Cada vez mais ponho da essência anímica do meu sangue"
o propósito pessoalíssimo de fazer - me par com qualquer perfeição ou aleijo do mundo, para evolução despretenciosa de mim mesmo.

È a forma que em mim tomou o misticismo de raça alguma, a raça dos pares e páreos comigo, o "não - raça".



O original




The doors - when the music's over

3 comentários:

Anônimo disse...

Quanto mais te leio, mais quero te absorver, mais quero tuas palavras soltas na minha lingua.
Você me ensinou o prazer em pensar e despensar...

Beijos.

Fay disse...

muito bonito esse seu cantinho..
prossiga :)

beijos.

Victor Canti disse...

"Conto em gozar minha vida, não em pensar gozá - la." este trecho representa bem todo o texto, pra mim é bem por ai mesmo, apesar de difícil pra grande maioria das pessoas, esta é a meta, é a prática, é o Ser...
a Dazinha me indicou seu blog, gostei dos pensamentos.
abraços