Poema meu, traçado sobre o soneto Anseios:
Onde vais, ó meu débil coração?
Nos teus esmeros tortuosos aos céus,
Põe fiança na realidade, nos véus
Para não despedaçar - te no chão.
Faz - te manso, não te sufoca à amar.
A doce e morna brisa dos trigais!
Não te cativa a paz do não chorar?
Não te basta o silêncio dos mortais?
Tu, paixão, rasgas em dois o meu peito!
E meu gasto cárdio torto e sem jeito,
Sorrí largo com fiapos d'ilusão.
Não abra tuas já rasgadas asas ,
deixar - te viver manso, sob as casas
frias e seguras da solidão.
Um comentário:
Meu bem, ahhhhhh meu bem, como você consegue ir do complexo e duro ao extremo de doçura...como você consegue lidar com a essência de tudo que lê, de cada palavra.
Florbela te beijará esta noite,rs.
Beijos meus.
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