18.12.09

6 gomos

Uma janela e quatro gomos de vidro.
quatro espaços onde cada pedaço de espaço é como um chicote de aço estalando faiscas sobre minhas asfauticas retinas, uma janela e duas meninas dos olhos.

Dos olhos o que é do mundo, dos olhos como uma velha câmera, a quimera do que era a espera do que seria, do que porviria, um futuro do pretérito mais que imperfeito.
o que foi feito e desfeito nos olhos sob os quatro gomos do preceito externo.

Seis lâminas transparentes a espera...

Uma janela e quatro gomos de vidro,
duas janelas da vista, e a vista o que nelas o mundo desenha.
desdenha a mente a maior fisgada do bem do mundo,
e quanto ao pior, é desatada a piscada aquem do tempo,
e o alento do aspirar mais profundo.


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3 comentários:

--- disse...

demais o texto!
muito bom o blog!
parabens...

Anônimo disse...

Poesia nunca foi algo que me atraia...

Geralmene pelo fato de não ser possivel saber o que o autor está querendo passar,e o que ele está sentindo no momento que escreve.

As vezes ele pode estar em um momento de inspiração foda,e no outro,ele pode estar escrevendo apenas por que tem que atualizar um blog...

Eu como leitor me pergunta:

Como eu saberia a diferença?

Unknown disse...

é como desossar um frango sem nunca ter visto um: tem gente que não saberia se comeria a carne ou roeria os ossos. mesma coisa com leitura.