1.11.08

E os homens dos espíritos pequenos

As putas dos peitos grandes e os homens dos espíritos pequenos, há espaço para todos nas calçadas. as putas das saias curtas e os homens das dores psíquicas tão compridas quanto uma bata, destas de padre do tal catolicísmo, há espaço pra todos no inferno, o tal inferno dos católicos, ou qualquer quarto onde se possa condernar-se sob penumbra e arrependimentos vazios. as putas dos cigarros sujos de batom, os homens e seus cigarros puritanos sujos de pudor, capazes de comer a puta e não lhe olhar nos olhos, no rosto; como almoçar no mcdonalds ao meio dia, bater o cartão as oito e as dezessete, atos - reflexo, o demônio corrosivo do cotidiano, o bom e velho demônio do dia a dia. as putas indo pra casa às cinco da manhã, atirando suas gimbas de ponta vermelha num canto da calçada. os homens que continuam encostados num canto de prédio, a fumar seus cigarros e a observar o que resta da gimba avermelhada findar sua brasa. as putas dos peitos grandes e os homens dos espíritos pequenos, há espaço para todos...



Led zeppelin - no quarter

2 comentários:

Ricardo Streich disse...

Desencanto, poesia, decadência.
Cantas o espírito desta modernidade que a todos espreita e ninguém acolhe...

Anônimo disse...

perfeito.