O silêncio momotemático, monossilábico, monocromático do banco à janela do coletivo,
a luz enfraquecida e o escuro do intervalo dos postes do lado de fora, me dão um meio tom entre o que vejo a cada parar e o meu rosto no vidro. então começa a chover, as pessoas trancam as janelas, com medo das gotas frias no rosto, o lá fora ficou mais invisível, o vidro ficou embaçado com o vapor da respiração de todos, eu também não estou mais no reflexo desbotado e escuro da janela. eu faço um círculo com a mão no vidro da janela, o vapor dá lugar ao escorrer da chuva do lado de fora. então eu fico de ouvidos dispersos junto ao velho Lanegan, olhando pra dentro dos meus ouvidos, cheios de imaginação e serenidade.
Mark lanegan - Carry home
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