Eu bato com a unha do polegar contra o filtro do cigarro, a brasa voa contra minha mão e me traz um ardor como os das lâminas de barbear que ferem o rosto. sopro a fumaça com hostilidade e continuo andando. frente frente, sempre em frente...
"josé, e agora ?
Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse...
Mas você não morre,
você é duro, José!
Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja a galope,
você marcha, José!
José, para onde?"
The who - Behind blue eyes
Nenhum comentário:
Postar um comentário