31.8.08

Dígno de Corujas

Noite mal dormida. o sono por vezes se parece com aquele menino chato do colégio, que lhe dá um soco no estômago e sai correndo, ou uma moça que lhe beija o rosto de forma demorada, delicada... e que se vai sem nem olhar pra tras. O sono é um Deus sadista, senhor de marionetes. Ligo a tevê, desligo. religo a tevê, desligo dinovo. duas, três da manhã. números dispersos no visor de um maldito qualquer relógio. Pela manhã, cabeça pesada e dolorida, falta de apetite, olhos ardendo contra a luz do dia que já nasceu há tempos. este sim, dorme e acorda no horário certo, sem pormenores da insônia ou coisas minimalistas, que os humanos se dão ao luxo de trocar pelo descanso dos olhos dormentes. Um gosto amargo na boca, gosto de quem ruminou sonhos ruins e um sono dígno de corujas. Melhor ir lavar o rosto, roubar a boca do gosto amargo, acordar pro sol que hoje, mesmo com o vento frio, não se isolou atras das nuvens e veio olhar pra mim.




Portishead - Over

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