17.4.09

Folha

A folha verde se despreende do galho alto, da árvore que faz sombra ao homem menor. este ouve o vento e a persegue pelos poucos metros que esta se faz liberta do mundo e voa alta e maior, ele a vê pequena e longínqüa, rasgando os céus num ziguezaguear manso e sem obrigação, mas o vento é senhor assim como é a vida, e sem propósito abandona o sopro e a folha nos céus, e a folha cai, seca e estática, aos pés oblíquos e agora maiores do homem, a folha agora menor, o homem... o homem agora maior, mesmo que só com passos a seu dispor, o homem servo do vento e da vida.

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Um comentário:

Naomi Conte disse...

o homem a mercê da vida....

texto inspiradíssimo esse!