18.3.09

No name

Árido, grosso na garganta como pingos graves de areia, as horas num relógio pungente de sangue em veias dilatadas. Ácido, gástrico subindo à boca como se dos infernos emergisse aos céus, um lápso agudo e em brasa de espírito, um risco alto e agudo de vida, um vinco sujo no meio do mar azul de ar e cinzas.


Sabe Deus que eu serei um borrão em brasa de encontro ao azul.
e que isso bastará ao mundo que me verá dissipar, a sorrir de mim.
e aos que me perderem ir, deixo o adeus dos anônimos,
o adeus discreto dos sem nome.


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